Eu sou Tânia Regina, lá vai meu depoimento...
Fui paciente do Anchieta.
O Anchieta fechou e fizeram os CAPS, vim parar no NAPS III/CAPS III Praia desde 1995. Meu problema me faz sofrer muito, pois além de transtorno mental sou dependente química.
Sou um ser vagante... errante... e o CAPS é meu porto seguro.
Pois de tempos e tempos tenho recaídas na droga.
Isso me faz sofrer.
Isso faz minha família sofrer.
Isso faz o CAPS sofrer, pois sou uma pessoa boa e de coração nobre, e ninguém aguenta me ver nessa situação: drogada, jogada, suja e confusa.
Sorte minha que existe o CAPS, pois quando estou assim sou acolhida (quando permito) e cuidam de mim.
Sou poetisa e desperdiço esse dom com essa p.... dessa droga.
Faz tempo que não escrevo nada, estou vazia, me sentindo só e um pouco desamparada, mas o CAPS me ampara, minha família também me apoia um pouco, por isso digo que um pedaço da minha família é o CAPS.
Aqui já fiz dois jornais e participo das atividades, principalmente, as que envolvem poesia.
Resumindo: o CAPS é a minha segunda casa.
Esta música, acredito eu, demonstra muito como levo minha vida.
Essa música é com a que me identifico muito, pois minha vida está sempre rodando e a droga carregando as coisas boas pra lá.