segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Acredite em você: pare de fumar!

Hoje comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo, considerado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, a maior causa de morte evitável no mundo. No Brasil, ao menos, 200 mil mortes são causadas por ano.
A nicotina é uma substância psicoativa que provoca sensação de prazer com mecanismos semelhantes aos da cocaína, álcool e heroína.
Os problemas causados pelo consumo do cigarro atingem o sistema cardiovascular, podem provocar câncer de pulmão, rinite, tosse, conjuntivite, aumento da asma, impotência, aumento no risco de gangrena, abortos, enfisema pulmonar, além do envelhecimento precoce, do apodrecimento dos dentes, unhas amareladas.
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Fonte: http://static.informado.org/fotos/pulmao-pessoa-fumante-x-pessoa-nao-fumante.jpg

Outras vítimas do fumo são os fumantes passivos, que convivem com fumantes e sofrem com as mesmas consequências.
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Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/01/fumante-passivo-450x321.jpg

No nosso grupo de participantes do Blog e usuários do CAPS existem muitos casos de ex-fumantes. Aqui vão algumas estratégias que eles utilizaram para parar de fumar:

"Quando eu fumava tinha a sensação que fumava anestésico, dando uma sensação de prazer.
A doença me fez parar de fumar. Meu tio deu uma força, a fé, o amor por mim. Dependeu de mim, da minha força interior! 
Substitui o cigarro pela leitura e por esportes. 
Chupe uma bala, reze, tenha fé e não pense em coisas negativas... Porque o cigarro faz a gente pensar em coisas negativas, sem a gente saber!" - Zezé

"Motivação familiar e de amigos e a força interior me fizeram parar. Os amigos foram dando força. Um dia uma tia me falou pra parar de fumar! Naquele dia eu parei.
Substitui por água, tomo muita água, e por caminhadas.
Reparei que as pessoas que nunca ficavam do meu lado quando eu fumava, começaram a se aproximar e passaram a me admirar!" - Anônimo 1

"Foi a força interior, o medo de adoecer e morrer.
Minha irmã me incentivou a parar." - Anônimo 2

"Sou ex-fumante. Começou a doer no bolso, comecei a chupar bala e consegui parar de fumar!
Tive muita força de vontade!" - Ana Paula "Eu Te Amo"

"Meu pai fumou por 40 anos. Com força de vontade parou de fumar." - Radyr

Conserve sua saúde: pare de fumar!!
Nada é impossível quando queremos!!
Cada dia é uma batalha a vencer... "Só por hoje"...

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Fonte: http://sites.uem.br/tabagismo/copy_of_imagens/proibido-fumar/image



Fonte: Jornal da Orla, Santos, 27/agosto/2016

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Amor: uma entrevista com Zezé

Para a postagem de hoje o grupo entrevistou Zezé (pseudônimo), sexo masculino, 62 anos.

Grupo: Você gosta de esportes? Pratica algum?
Zezé: Sim, sou Santista. Pratico esportes todo fim de semana. Faço multifuncional todos os sábados.

Grupo: Se você não se incomodar em falar, como foi sua infância?
Zezé: Foi feliz, tinha amigos, ia à missa todo sábado, morava com meus pais, meus tios e tias, primos e irmão, numa casa bem grande no Centro. Foi uma infância muito feliz.

Grupo: Onde você nasceu?
Zezé: Em Santos.

Grupo: Qual sua descendência?
Zezé: Portugueses e italianos.

Grupo: Você se divertiu na vida? Qual sua maior diversão?
Zezé: Minha maior diversão foi o Caiçara Clube. Eu não bebia, porque meu pai bebia, eu peguei trauma. Ele perdeu o dinheiro dele no bingo, jogo do bicho. Ele foi um homem violento com minha mãe, por isso eu não bebia. Nos aproximamos só quando dei um neto à ele.

Grupo: Como você chegou até o CAPS?
Zezé: Depois de passar pelo Hospital Anchieta. Passei lá um bom tempo, até eles criarem os CAPS. Há mais ou menos 20 anos cheguei no CAPS.

Grupo: Como começou sua doença? Quais os sintomas?
Zezé: Começou quando eu estava casado. Comecei com esquecimentos, não sabia o que fazia, tinha mania de perseguição, comecei a me fechar. Eu não tinha alucinação. Depois da psicanálise passei a ter consciência da minha doença.

Grupo: Como você conseguiu superar a sua doença? De que maneira?
Zezé: Com medicação e quando tomei consciência da minha doença e fui me tratar.

Grupo: E seus pais, foi difícil deles aceitarem a doença?
Zezé: Perdi meu pai em 1984. Ele não se metia com a minha doença. A minha mãe era...ela se revoltou contra mim, ela queria que eu estudasse fora de casa, tivesse minha própria vida, ser autossuficiente. Tive essa capacidade depois que me casei... Sobre a doença? Ela foi muito paciente comigo. Minha tia um dia, nunca me esqueço, perguntou se eu queria me internar. Eu achava que eu não tinha nada, não era doente.

Grupo: Procurou ajuda em alguma religião?
Zezé: Fui Guardião da Ordem Rosa Cruz, da Maçonaria. Depois saí para estudar, nunca mais procurei a Ordem. Mandei uma carta me desligando para ir estudar em outra cidade. Hoje frequento a igreja perto da minha casa.

Grupo: Você chegou a ouvir vozes alguma vez na vida?
Zezé: Não.

Grupo: Você atribui sua doença ao fim do casamento?
Zezé: Não, porque quando voltei do Américo Bairral, eles tinham ido morar com meu sogro, em outra cidade. Me revoltei, pedi perdão, mas ela não me perdoou. Me separei, mas depois me casei de novo. Esse último casamento durou 1 ano, as crianças dela não me aceitavam como padrasto.

Grupo: Quantos filhos você tem?
Zezé: Tenho um filho de 37 anos.

Grupo: Qual seu maior sonho?
Zezé: Meu maior sonho é ver meu neto do novo... Gostaria de vê-lo.

Grupo: Zezé, falamos bastante sobre sua doença... Mas, afinal, qual sua doença?
Zezé: Tenho esquizofrenia.

Grupo: Zezé, foi só com medicação que você conseguiu se tratar?
Zezé: E com a ajuda de Deus...

Grupo: Qual o papel do CAPS pra você?
Zezé: Ajuda mútua, com várias pessoas e profissionais, com amor, carinho e dedicação. Com o apoio também dos companheiros que estão aqui. Tinha uma época que eu andava de um lado pro outro, angustiado, mas agora me sinto útil.

Grupo: Você fala outras línguas? Como inglês, francês, alemão?
Zezé: Falo o inglês básico.

Grupo: Você já procurou um neurologista para ver esse seu esquecimento?
Zezé: Já, ele falou que eu tive um tipo de AVC. Eu não lembro de nada, não lembro de nomes... É como se eu estivesse no mundo da lua...
Grupo: Será que não pode ser anemia?
Zezé: Não, faço exames sempre.

Grupo: Qual foi o relacionamento mais feliz da sua vida, da sua infância até agora?
Zezé: Foi com minha primeira mulher.

Grupo: Você acha que nesse tempo que você está aqui (no CAPS) você tem se sentido melhor?
Zezé: Sim, estou bem melhor, tenho o que fazer, tenho um sentido pra vida, tenho ajuda mútua de todos que estão aqui.

Grupo: Ainda sente solidão?
Zezé: Isolamento é uma solidão...

Grupo: Você consegue se socializar sem a medicação?
Zezé: Nunca parei de tomar a medicação, tomo a medicação há 18 anos sem parar. Mas mesmo sem parar, sinto que estou sozinho no meio da multidão, como se fosse uma solidão mesmo no meio das pessoas, mesmo sentindo que aqui eu falo com todo mundo.

Pedimos para Zezé terminar com a frase que quisesse.

"A esperança é a caridade do amor e do ser humano poder seguir seu caminho, com a paz de Jesus..."

Zezé também escolheu duas figuras que representam sua entrevista e seus sentimentos (clique nas imagens para ampliá-las)...



segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A importância da família

A família é importante na vida da gente.
Família é a base de nossa sustentação.
O amor, a bondade, o respeito, a união e a compreensão sustentam a família.

"Eu já passei dos limites com minhas crises agressivas. Agredia minha família e assim mesmo eles me compreendiam." (Celso)

Acreditamos que quem tem uma boa família possui mais condições de formar uma boa família, graças ao amor recebido.
Entendemos as formas de amar como: carinho, atenção, interesse, telefonemas, cuidado, puxões de orelha, incentivo ao tratamento, administração da medicação, de forma presencial ou à distância.

Além disso, acreditamos que a espiritualidade nos fortalece.
A família deve ser o exemplo!

Família aqui não se resume aos laços sanguíneos, os amigos também são muito importantes, também são família! Afinal, nosso meio também influencia em nossa formação!

O tripé para se formar uma boa pessoa com bom caráter é constituído por uma família saudável, espiritualidade e boa formação escolar.
Ao mesmo tempo, uma família adoecida e desestruturada pode levar ao adoecimento de seus membros.

Por fim, a família pode ser comparada à um colar de pérolas: cada membro é uma pérola que está unida às outras pelo vínculo do amor, da união, respeito, compreensão. Se uma pérola cai, o equilíbrio se rompe e todo o colar se desfaz....

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Preconceito louco

Nossa pauta de hoje começou a ser discutida através da falta de outdoor em nossa unidade.
Pensamos que não ter a placa em nossa unidade acaba por não nos identificar, não dizer quem somos nós e pra que serve este serviço de saúde mental.
Ficamos anônimos.
Ao mesmo tempo, sabemos que, infelizmente, existe um preconceito das pessoas que, quando veem a identificação do serviço, querem passar longe.

Entretanto, muitos que precisam do serviço, sem a placa de identificação, ficam sem saber que aqui poderiam buscar ajuda em saúde mental.

Após discutirmos sobre ter ou não ter uma placa de identificação do serviço, passamos a refletir sobre o preconceito que sofremos e que, em alguns momentos, também fomos preconceituosos.

"Rola o preconceito. Já neguei o tratamento, porque não queria assumir a doença. A placa que me espantou! Já sofri preconceito de amigos, que inclusive também precisavam de ajuda." - Alfredo

"Eu estava sentada no banco, quando entrou essa senhora que é minha amiga na igreja. Ela me perguntou:
- O que você está fazendo aqui? Aqui só tem pessoas loucas!
- Estou me tratando - respondi
- Você que sabe, estou indo embora. Vou rezar por você!" - Yara

"Qualquer coisa chamam de louco! Só porque estou aqui me chamam de louco!" - Marcelo

"Está nos atos das pessoas" [a loucura]. "O que fizemos de anormal? Somo doentes, não loucos!" - Marcelo

"Quem vem aqui acha que se entrar vai ficar louco" [risos] "Louco é aquele que faz loucura!" - Marcelo

O preconceito vem desde a época do Anchieta - antigo hospital psiquiátrico do município de Santos/SP - somente depois foram organizados os CAPS, porém o preconceito continua.
Há também o preconceito em relação à medicação...

"O que tem que mudar em relação ao CAPS é o conceito que as pessoas tem sobre o serviço!" - Radyr

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Essas são nossas placas fixadas internamente no serviço.

A visibilidade traz conhecimento.
A harmonia traz a esperança.
A saúde traz benefícios.
O preconceito traz ignorância.

E aí pensamos...
O que é normal?
O que é padrão?
O que é loucura?
Somos todos diferentes, mas somos todos iguais.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Reflexões...

Para essa semana selecionamos uma reflexão retirada do Jornal da Orla, do dia 27 de fevereiro de 2016, de autoria desconhecida por nós.
Esperamos que gostem!

"Altos e Baixos"

"Não são os problemas que nos derrubam... É a maneira como nós os encaramos. A vida é repleta de altos e baixos, por isso é preciso enfrentar as dificuldades de peito aberto e otimismo. Podemos nos sentir em um labirinto sem saída... mas tudo é questão de ponto de vista. Esse labirinto pode ser um jogo para desafiar a nossa inteligência e capacidade de vencer as adversidades, sobretudo, quando alguém tenta subestimar esses valores. Não podemos mudar as circunstâncias, mas o mundo gira e o final será feliz... para quem é do bem!"





Entendemos que os altos e baixos da vida trazem sofrimento, mas também trazem muita sabedoria. O amor é sempre a recompensa!!


Observação importante: Nosso querido leitor, a partir de hoje (01/08/2016) nossas postagens serão realizadas às segundas-feiras!